Transições – News #16

Quando o calor do verão vai dando lugar aos primeiros dias amenos do outono, a gente, muitas vezes sem perceber, também começa a mudar. O suéter sai do armário, a pausa da tarde agora inclui bebidas quentes. A gente muda a forma de se vestir, muda o cardápio do dia a dia, muda os passeios do fim de semana. Isso tudo dentro de um ano só.

Ao longo dos anos, então, essa mudança é ainda mais drástica, ainda que talvez tão imperceptível quanto. Nós mudamos de trabalho, de endereço, de amores e amizades. Mudamos nossos gostos, nossos hábitos, nossas habilidades. Somos pessoas totalmente novas, a cada dia que passa – ainda que, de alguma forma, mantenhamos a mesma essência que nos faz ser quem somos. Nossa casa, assim como a gente, também.

A casa está em constante evolução mas, ainda assim, continua sendo nossa casa – mesmo durante grandes transições e mudanças. Quando passamos a dividir a casa com alguém, ou a não mais dividir a casa com alguém. Quando vivemos a chegada de um bebê, ou de mais um bebê. Quando enfrentamos uma mudança na rotina de trabalho ou a doença de um membro da família. São inúmeras situações, às vezes imprevisíveis, que acabam por mudar completamente a dinâmica da casa e que, por isso, levam a casa a mudar – mesmo que, em essência, ela continue sendo a mesma.

Ainda que não necessariamente consigamos nos reconhecer instantaneamente nessa nova vida, nossa casa continua sendo o lugar onde fazemos morada, todos os dias. E é essa constância em meio à novidade, ao luto ou ao estranhamento que nos rodeia durante essas fases que torna esse lugar tão importante.

Quando falamos sobre trazer atemporalidade para dentro de casa, é exatamente disso que estamos falando: não é como se a sua casa não fosse mudar. Ela vai. Você vai. É justamente pela certeza dessa mudança que somos tão a favor de investir naquilo que permanece. De criar uma boa base. Pois todo o resto vai acabar mudando, inevitavelmente. Dar espaço para que você – e a casa – possam mudar sem perder a essência ajuda a tornar esses períodos de transição um pouco mais leves, para que você, aos poucos, possa se ajustar a essa nova vida sem se perder de si mesma.

Para se inspirar

5 casas que se adaptaram a diferentes mudanças de vida:

Essa casa lindíssima que foi feita para abraçar as diferentes estações do ano:

Um quarto infantil neutro e super copiável, que se adapta a crianças de diferentes gêneros e idades:

Esse quarto infantil compartilhado por um menino e uma menina, que respeita a personalidade dos dois sem deixar ninguém de fora:

Essa casa com 5m de largura, cujo projeto solucionou de forma incrível e criativa as necessidades de trabalho e lazer de toda a família:

O tour desse mini apartamento que fizemos em Florianópolis, cheio de dicas para transformar um Airbnb numa casa aconchegante mudando apenas os pequenos detalhes:

Para seguir o link

5 dicas do Studio McGee sobre as mudanças que ajudam a preparar a casa para o outono, sem que ela perca a identidade.

Esse artigo da Domino sobre como adaptar diferentes estilos num mesmo espaço quando você decide dividir sua vida – e seu apartamento – com alguém.

Esse artigo da Leiturinha sobre como preparar o primeiro filho para a chegada do segundo.

Esse artigo da Joanna, do blog Cup of Jo, sobre as coisas que mais a surpreenderam após o divórcio.

Para ler

Quatro indicações de leituras leves e muito gostosas sobre transições, adaptações e novas vidas:

Lá e Aqui – Carolina Moreyra e Odilon Moraes
Lá e Aqui é um livro infantil lindamente ilustrado e super delicado sobre separação e as mudanças que acontecem quando uma criança passa a ter duas casas. De forma bastante sutil, ele acompanha essa difícil fase de transição e mostra que o amor pode sempre habitar mais de um lugar.

De Repente Adulta – Sarah Turner
Beth é uma daquelas mulheres que nunca se prendeu a empregos e relacionamentos e que ainda mora com os pais. Mas quando sua irmã e seu cunhado sofrem um grave acidente e Beth fica responsável pelos sobrinhos, ela se vê numa nova realidade cheia de responsabilidades que nunca pediu para ter. Essa nova dinâmica acaba forçando uma mudança de vida – e ela descobre que, muitas vezes, é quando estamos perdidas que acabamos por encontrar a nós mesmas.

A Pequena Pousada da Islândia – Julie Caplin
A Pequena Pousada da Islândia é o quarto livro da série de Julie Caplin, que sempre indicamos por aqui. Nele, Lucy vive uma desilusão amorosa e profissional tão grande que acaba agarrando a primeira oportunidade que surge para ir embora: uma vaga de gerente numa pousada na Islândia. O choque cultural e as adaptações necessárias a essa nova vida acabam sendo complicadas, e, ao mesmo tempo, exatamente o que Lucy precisava para retomar sua vida.

Nora Sai do Roteiro – Annabel Monaghan
O livro acompanha a vida de Nora, roteirista de filmes românticos e mãe de dois filhos que, ao ser abandonada pelo marido, decide transformar sua história no melhor roteiro que ela já escreveu. Quando o texto é escolhido para virar um filme rodado em sua própria casa e ela conhece Leo, o ator que irá interpretar seu ex, sua vida vira de cabeça para baixo. É um daqueles livros super gostosos sobre amor e sobre como ele pode valer a pena – mesmo quando vem acompanhado de toda a nossa bagagem de vida.

Para assistir

Filmes e séries sobre mudanças que dão aquele quentinho no coração:

Virgin River
Uma série super gostosa e atmosférica sobre uma enfermeira que, após perder o marido e o bebê em um acidente de carro, decide sair de Los Angeles para uma cidadezinha no interior do estado. O que no início parecia uma fuga, no entanto, acaba sendo sua melhor chance de um recomeço. Espere cenários lindos, uma trama leve e episódios para maratonar o outono inteiro.

Beleza Oculta
Após uma tragédia pessoal, Howard entra em depressão e se vê num lugar de onde não consegue sair. Ele então passa a escrever cartas para a Morte, o Tempo e o Amor – e sua vida muda completamente quando esses três elementos respondem de volta. Uma história linda sobre amor, perdas e a passagem do tempo, e sobre a beleza que existe até nos piores momentos das nossas vidas.

A Incrível História de Adaline
O filme acompanha a história de Adaline, que leva uma vida normal até sofrer um grave acidente – o que faz com que, aos 29 anos, ela pare de envelhecer. O filme trata com muita delicadeza as mudanças causadas pela passagem do tempo – e como nossa existência seria insuportável sem elas, ainda que vivamos dizendo que gostaríamos de parar ou desacelerar o tempo.

Para Sempre
Paige e Leo são um casal recém-casado e muito feliz, até que um acidente deixa Paige em coma. Quando ela acorda, não só não reconhece mais o marido, como suas últimas lembranças são de anos atrás, quando sua vida envolvia outras escolhas e outras pessoas. Baseado numa história real, o filme fala sobre como, mesmo em meio às mudanças mais drásticas da vida, nós acabamos mantendo aquela essência que nos faz ser quem somos – e que nos leva exatamente aonde precisamos estar.

Para comprar

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Para testar na cozinha

Receitas de outono para deixar a casa no clima: 

Uma sopa de abóbora bem cremosa e fácil de fazer, para abrir a estação de comfort food.

Esse crumble de maçã com sorvete de creme que é a sobremesa ideal para noites mais fresquinhas.

Uma receita de chocolate quente perfeita para gastar todos aqueles chocolates da Páscoa.

Esse espaguete carbonara para um jantar descomplicado e delicioso de dia de semana.

Finalizando

No poema “Vá até o limite da tua saudade”, de Rainer Maria Rilke, ele diz:

Deixe tudo acontecer a você, a beleza e o terror. Apenas continue. Nenhum sentimento é definitivo.

Rilke dizia que a mudança não só faz parte da vida, como é essencial para que possamos realmente viver e aproveitar o momento: estar presente com as pessoas que amamos, dar valor à nossa saúde, curtir a infância dos filhos, colocar energia num casamento legal e na vida profissional.

Imagine só se o tempo não passasse, se você não envelhecesse, se seus filhos mantivessem para sempre a mesma idade, se seu casamento e seu trabalho fossem iguais, todos os dias? Se essas coisas nunca mudassem, provavelmente não teriam o sentido nem o valor que têm para você. A mudança não só é inevitável, como é parte formadora da nossa história, indispensável à trama que tece nossas vidas.

No entanto, todas essas transições podem ser mais gentis dependendo de como forem encaradas. Abraçar a mudança, ainda que ela nem sempre seja desejada ou bem-vinda, é o primeiro passo para isso. Aceitar o processo, entender que as coisas não vão ser mais como eram e que é preciso encontrar um novo normal faz com que busquemos um olhar mais gentil sobre essa nova realidade – e sobre nós mesmas.

Então da próxima vez que você se ver em meio a um turbilhão de coisas novas acontecendo, dê-se essa chance. Olhe para dentro e procure aquela parte sua, aquela essência que continua ali. Tenha coisas em casa que lembrem você das suas melhores partes: uma caixa de objetos de quando as crianças eram bebês, cartas que você recebeu de pessoas amadas, fotos antigas, lembranças de viagem, objetos garimpados em diferentes fases da sua vida ou investimentos que hoje são detalhes que você ama na sua própria casa.

São pequenas formas de se lembrar que o tempo passou, que os cenários mudaram, que coisas boas aconteceram, períodos muito difíceis foram enfrentados e que, ainda assim, você continua aqui. Ainda sendo você. E que a felicidade encontrou novas formas de habitar sua vida, como ela sempre acaba por fazer.

A gente se vê numa próxima!

Com carinho,

Equipe LP

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